quinta-feira, 22 de março de 2012

Classes de endereços IP, sabe quais são?

Um endereço IP é formado por 32 bits que é o mesmo que dizermos que possui quatro números representados na forma decimal (ex: 192.168.0.1).
Uma parte desse endereço (bits mais significativos) indicam-nos a rede e a outra parte (bits menos significativos) indicam-nos qual a máquina dentro da rede.
Com o objectivo de serem possíveis redes de diferentes dimensões, foram definidas cinco diferentes classes de endereços IP (Classes: A, B, C, D e E).



O espaço de endereçamento IP foi dividido por estruturas de tamanho fixo designadas  de “classes de endereço”. 

As principais são a classe A, classe B e classe C. 

Com base nos primeiros bits (prefixo) de um endereço IP, conseguimos facilmente determinar qual a classe pertencente de determinado endereço IP. 

De forma a resumir a informação relativamente às classes de redes IP.



Analisando as três principais classes (A, B e C) podemos verificar o seguinte:

A classe A possui um conjunto de endereços que vão desde o 0 até 127.0.0.0, onde o primeiro número de um endereço IP identifica  a rede e os restantes 3 números     ( 24 bits) irão identificar um determinado host nessa rede.


  • Exemplo de um endereço Classe A – 120.2.1.0

A classe B possui um conjunto de endereços que vão desde o 128.0.0.0 até 191.255.0.0, onde os dois primeiros número de um endereço IP identificam  a rede e os restantes 2 números ( 16 bits) irão identificar um determinado host nessa rede.


  • Exemplo de um endereço Classe B – 152.13.4.0

A classe C possui um conjunto de endereços que vão desde o 192.0.0.0 até 223.255.255.0, onde os três primeiros números (24 bits N.N.N.H) de um endereço IP identificam  a rede e o restante números ( 8 bits) irão identificar um determinado host nessa rede.


  • Exemplo de um endereço Classe C – 192.168.10.0

quarta-feira, 21 de março de 2012

LAN, MAN, WAN, PAN, SAN … Sabe a diferença?

Todos nós já ouvimos falar de redes de comunicação (também designadas de redes informáticas ou redes de dados). 


Uma “rede” (na área da informática), é definida como um conjunto de equipamentos interligados entre si, e que permitem o transporte e troca de vários tipos de informação entre utilizadores e sistemas.


Na hora de classificar uma rede qual o critério a usar?


Segundo o mítico livro Engenharia de Redes Informáticas uma rede de comunicação pode ser classificada segundo um ou mais critérios. 

Podemos classificar as redes de acordo com o/a:



  • Débito (baixo, médio, alto, muito alto)

  • Topologia (bus, anel, estrela, híbrida)

  • Meios físicos (cobre, fibra óptica, micro-ondas, infravermelhos…)

  • Tecnologia de suporte (comutação de pacotes, comutação de circuitos, assíncronas, plesiócronas, síncronas, etc)

  • Ambiente ao qual se destinam (redes de escritório, redes industriais, redes militares, redes de sensores, etc)


A classificação mais frequente baseia-se na área – geográfica ou organizacional e aí entram os termos que normalmente ouvimos: 

  • LAN;

  • MAN;

  • WAN;

  • PAN…etc. 



Vou começar por explicar o que é uma LAN 



LAN( Local Area Networks)
Também designadas de redes locais, são o tipo de redes mais comuns uma vez que permitem interligar computadores, servidores e outros equipamentos de rede, numa área geográfica limitada (ex. sala de aula, casa, espaço Internet, etc).





MAN (Metropolitan Area Networks) –   
Permitem a interligação de redes e equipamentos numa área metropolitana (ex. locais situados em diversos pontos de uma cidade).





WAN (Wide Area Netwoks)
Permitem a interligação de redes locais, metropolitanas e equipamentos de rede, numa grande área geográfica (ex. país, continente, etc).




PAN (Personal Area Networks)
Conhecidas como redes de área pessoal, são redes que usam tecnologias de rede sem fios para interligar os diferentes dispositivos (computadores, smartphones, etc) numa área muito reduzida. 


SAN (Storage Area Networks)
Também conhecidas como redes de armazenamento, têm como objectivo a interligação entre vários computadores e dispositivos de storage (armazenamento) numa área limitada. 

Considerando que é fundamental que estas redes tenham grandes débitos (rápido acesso à informação), utilizam tecnologias como por exemplo Fiber Channel.






As redes de comunicação são nos dia de hoje infra-estruturas essenciais à comunicação, investigação, desenvolvimento, partilha e vida quotidiana. 
As pessoas cada vez mais dependem das mesmas para o desenvolvimento das mais diversas actividades profissionais ou de lazer.


terça-feira, 20 de março de 2012

Endereços Públicos e Privados

Qual a diferença entre um IP Privado e um IP Público?
Quando é que se usa um e quando é que se usa outro?



Basicamente as máquina quando estão ligadas em rede possuem um endereço IP configurado, de forma a poderem ser alcançadas por outras máquinas.
Relativamente a endereços IP existem os endereços públicos e os endereços privados.
A maioria dos endereços IP são públicos, permitindo assim que as nossas redes estejam acessíveis publicamente através da Internet, a partir de qualquer lado.






Quanto a endereços privados, estes  não nos permitem acesso directo à Internet, no entanto esse acesso é possível mas é necessário recorrer a mecanismos de NAT (Network Address Translation) que traduzem o nosso endereço privado num endereço público.

Os intervalos de endereços privados são:
             de 10.0.0.0 a 10.255.255.255 (10.0.0.0 /8)
•             de 172.16.0.0 a 172.31.255.255 (172.16.0.0 /12)
•             de 192.168.0.0 a 192.168.255.255 (192.168.0.0 /16)
Daí os endereços que usamos com frequência 192.168.x.x

Fazendo uma analogia com o sistema telefónico podemos comparar um endereço público ao número de um telefone/telemóvel.
Este número é público, reservado, único e identifica de forma única o vosso telefone.

Por exemplo uma empresa que possui uma central telefónica.
Atribuem as extensões (privadas ex: 101, 302, 45) que quiserem aos telefones mas quanto alguém dessas extensões quer ligar para o exterior ou liga para a telefonista para estabelecer a chamada para o exterior (a partir de um número público) ou marcam um prefixo para que a central proceda ao mecanismo de NAT fazendo assim que a vossa chamada saia por um número público.

No entanto, um amigo quer vos contactar do exterior, ele/ela não o poderá fazer directamente e nesse caso,  terá de ligar para a telefonista para esta reencaminhar a chamada.
O endereçamento privado que eu tenho na minha central telefónica pode ser o mesmo de outras empresas. No entanto o(s) números(s) telefónicos públicos (ex:263408103) que identificam a minha empresa são únicos.

Voltando novamente para as redes podemos dizer que máquinas em rede diferentes podem usar os mesmo endereços privados e não existe qualquer entidade reguladora para controlar a atribuição, isso é definido internamente.

Para permitir que vários computadores na rede doméstica ou de empresas comuniquem na Internet, cada computador devia ter assim o seu próprio endereço público.
Esse requisito impõe grandes exigências sobre o pool de endereços públicos disponíveis tendo sido criados os mecanismos de NAT.

Os endereços públicos são geridos por uma entidade reguladora.
Muita das vezes são pagos e permitem identificar únicamente uma máquina (PC, routers,etc) na Internet.
O macanismo que gere o espaço de endereçamento público (endereços IP “encaminháveis”) é a Internet Assigned Number Authority (IANA).



Podia ter explicado ter explicado melhor o assunto.
mas da forma que expliquei acho que ficaram a perceber ou menos um pouco do que são endereços públicos e endereços privados.

domingo, 18 de março de 2012

Como fazer uma ficha RJ45

Corte a quantidade de cabo de acordo com as suas necessidades.


Com a ajuda do alicate, retire cerca de 2 cm do revestimento exterior do cabo em cada uma das extremidades, de forma a ficar com os pares à mostra.



Desentrance os pares e coloque os 8 fios do cabo pela ordem certa do cravamento que deseja realizar (normal ou cruzado)



Acerte as pontas com a lâmina de corte do alicate.



Enfie os cabos na ficha RJ45 de modo a que a patilha fique para baixo e o fio correspondente ao pino 1 fique à esquerda. Faça pressão a direito e verifique se ficaram bem enfiados.






Verifique se o revestimento do cabo está dentro da ficha.





Enfie a ficha com os fios no alicate e faça bastante pressão (mas sem partir)





Verifique se a ficha se encontra bem cravada












Resumindo e concluindo:




Cabo Directo:







Cabo Cruzado:

Cabo Directo

Cabo directo

Cabo utilizado para ligar as placas de rede a concentradores, com um comprimento máximo de 100 metros entre os equipamentos activos.
Utilizar a mesma norma nas duas extremidades do cabo.
Existem duas normas para o cravamento de um cabo direito a T568A e T568B.





Os cabos directos são utilizados para interligar computadores e HUBs/Switchs.
Nestes cabos, as pontas devem ser exactamente iguais, caso contrário, a transferência de dados não irá ocorrer.
O padrão utilizado em um dos cabos deverá ser o mesmo na rede inteira.

Também pode criar a sua própria sequência e utilizá-la na sua rede, entretanto, é aconselhável que você utilize uma dessas duas sequências sugeridas, não apenas por questões de funcionamento correto, mas também por questões de padronização.
Se outra pessoa precisar de corrigir algum problema nos seus cabos, ela/ele saberá qual é a sequência utilizada e será muito mais fácil para solucionar o problema.

Os padrões são dessa forma, porque foram os melhores encontrados para que houvesse o mínimo possível de interferência electromagnética no cabo, seja esta externa ou gerada pelo próprio cabo, e é justamente por isso que os pares são trançados entre si.

Se desejar usar uma sequência própria por que acha muito difícil criptar o cabo utilizando, tenha em mente que terá grandes chances de ter uma rede que não funcione com desempenho total ou até mesmo que não venha a funcionar.

terça-feira, 13 de março de 2012

Cabo Cruzado (crossover)

O cabo cruzado (crossover) é utilizado quando se pretende ligar directamente hub a hub ou placa de rede a placa de rede.





Para este tipo de cabo, numa das extremidade deverá ser utilizada a Norma T568A enquanto na outra deverá ser utilizada a Norma T568B






Crossover

Cabos crossover são utilizados para interligar dois computadores directamente, dispensando o uso de um HUB ou Switch.
Se precisar compartilhar a Internet, será necessário que um dos dois computadores possua duas placas de rede.
Numa delas ligará o cabo crossover e em outra o cabo da Internet, o qual será um cabo directo.
Os cabos crossover também são utilizados para ligar um HUB/Switch a outro.




Há um detalhe importante: se as placas de rede dos computadores forem placas com velocidade de 1000 Mbits, deverá utilizar outro padrão um pouco diferente dos EIA/TIA 568A e EIA/TIA 568B, numa das pontas para que a transmissão de dados possua a maior velocidade possível.
Caso contrário, a velocidade máxima utilizada será de 100 Mbits.
A rede funcionará normalmente, porém não na velocidade total.

Existem dois padrões para esse tipo de crossover.
Dependendo do padrão que escolher para a outra ponta do cabo, seja EIA/TIA 568A ou EIA/TIA 568B, deverá escolher uma das duas para a outra ponta.